Declaração da PICM sobre a situação na Catalunha

A Plataforma Internacional de Cooperação e Migração (PICM/IPCM), que engloba cerca de vinte entidades sociais de diversos países da Europa, deseja manifestar publicamente a sua posição em face dos graves acontecimentos que estão a ocorrer na Catalunha, Espanha:

1. A PICM, desde a sua criação e de acordo com os seus estatutos, promove "os princípios da defesa da liberdade, da democracia, do humanismo cristão, da tolerância, do desenvolvimento humano e do bem-estar social".
   
   
2. Por isso, a PICM vê com enorme preocupação a divisão que a ideologia nacionalista extremista provocou no seio da sociedade catalã, bem como a vulneração constante do quadro jurídico e constitucional por parte das autoridades catalãs, cujo projeto implica não apenas fraturar Espanha, mas também sair da União Europeia.
   
   
3. A PICM reitera o seu firme compromisso com os valores europeus, baseados no Estado de Direito, nos direitos individuais, na não discriminação, na subsidiariedade e na solidariedade entre territórios e estados.
   
   
4. Precisamente por prestar uma atenção constante aos migrantes, a PICM mostra-se especialmente solidária com todos aqueles que, devido à sua origem ou à sua língua, se estão a sentir discriminados ou ameaçados.
   
   
5. Sendo uma plataforma internacional, a PICM respeita rigorosamente o Direito Internacional, a existência dos Estados e a sua soberania, como é, sem dúvida alguma, o caso do Reino de Espanha.
   
   
6. A PICM confia plenamente no Governo de Espanha e no diálogo com os partidos políticos, com vista a restaurar a ordem constitucional e a evitar a confrontação social provocada por razões ideológicas que mais se identificam com os anos 30 do século passado.

11 de outubro de 2017

Por ocasião do Dia Internacional do Migrante, a Plataforma Internacional de Cooperação e Migração (PICM) deseja manifestar o seguinte:

1. Reclama um olhar sereno e calmo na análise dos fenómenos migratórios, que propiciam inúmeras oportunidades e situações, dentro e fora da UE.
2. Pede que seja dada uma maior atenção no âmbito cultural e educativo aos migrantes de todas as idades, com a implementação de medidas específicas, dado que nos encontramos perante o grande desafio de uma crescente diversidade étnica, religiosa e linguística nos nossos países.
3. Sublinha o importante trabalho de assistência direta ao imigrante levado a cabo pelas organizações sociais, que merecem o apoio das administrações públicas e das instituições europeias pelo seu papel a favor da coesão social.
4. Defende a dignidade de todas as pessoas, bem como os seus direitos e liberdades individuais, que devem ser salvaguardados perante as ameaças existentes.
5. Considera que os sindicatos e demais organizações de trabalhadores têm uma grande responsabilidade na abertura aos estrangeiros, no acolhimento dos trabalhadores imigrantes e no combate às ideologias xenófobas.
6. Convida as organizações membro da PICM e o público em geral a aderirem às cerimónias do Dia Internacional do Migrante, em 18 de dezembro.

Em Marselha, 3 de dezembro de 2016

Nos dias 25, 26 e 27 de novembro, o Mosteiro de San Millán de La Cogolla (comunidade autónoma de La Rioja) acolheu o seminário "Diversidade cultural e linguística, minorias e imigração", organizado pela PICM e pela Fundação Humanismo e Democracia (sócio Fundador da Plataforma), com a colaboração da Fundação San Millán de La Cogolla.

Ao longo do seminário, foi destacada a importância da Língua Espanhola como veículo essencial para a integração dos imigrantes em Espanha. Conhecer a Língua Espanhola é fundamental para encontrar trabalho, para poder relacionar-se com os outros e integrar-se na sociedade de acolhimento. Além disso, o conhecimento da Língua Espanhola permite o acesso a um universo cultural de grande dimensão, pois a mesma é falada por 470 milhões de pessoas em todo o mundo.